O OUTRO MATIAS
Do livro Do Miolo do Sertão
A História de Chico Rolim contada a Sebastião Moreira Duarte
pag. 16 a 27
A 26 de fevereiro de 1926, Dosanjo dava à luz o fruto de sua última gravidez. Era um menino moreno como o pai e de feições, entre todos os filhos as mais parecidas com Matias Duarte Passos.
O nome? Não havendo promessa a cumprir, dada a proximidade da perda do marido e vendo a coincidência dos traços fisionômicos, a sugestão e a escolha foram unânimes: o menino seria Matias. Minha mãe amamentou-o em seu luto de viúva; um vestido preto de mangas longas, um preto que só a custo, mais tarde, ela abrandaria no costume do trajes de bolinhas, o “fardamento” das viúvas em nosso velho sertão.
Matias Duarte Rolim, meu irmão caçula, meu companheiro de traquinagens no baixio do Melão, depois meu sócio e principal incentivador na carreira política, é hoje um marco em minha saúde. Em 1963, no pleno vigor dos seus 37 anos, nós o perdemos num trágico acidente automobilístico.
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