CAJAZEIRAS DO PADRE ROLIM (2)
Do livro Do Miolo do Sertão
A História de Chico Rolim contada a Sebastião Moreira Duarte
pags. 64 a 66
Cajazeiras
do Rio do Peixe, Cajazeiras do Padre Rolim. Ser portador desse sobrenome é uma
alta distinção de que muito se or-gulham os cajazeirenses, e por muitas razões.
Em primeiro plano, a nobreza de origem: os lares sagrados do Comandante Vital
de Sousa Rolim e Ana Albuquerque – a veneranda Mãe Aninha – ao lado do brasão
do apóstolo e educador que foi o Padre Inácio de Sousa Rolim, Anchieta dos
nossos sertões, de valor e virtudes só comparáveis a esse outro grande
missionário que foi, no Ceará, o Padre Ibiapina.
Em segundo lugar, a ime-diata identificação da proce-dência: quem é Rolim,
não precisa dizer que é cidadão das Cajazeiras centenárias. E – não menos
importante – o nome já indica a herança do patrimônio cultural que exalçou a
terra dos Rolim à posição de “cidade que ensinou a Paraíba a ler”, segundo
consagração lapidar de Alcides Carneiro. Na verdade, até para além do solo
paraibano, o Nordeste mesmo veio assentar-se nos bancos escolares de Caja-zeiras.
Aqui estudou Irineu Joffily, pioneiro da imprensa na Paraíba. Por aqui
pas-saram gerações e gerações de intelectuais e líderes políticos da Região. A
ir-radiação do Colégio Padre Rolim chegou até o Piauí, de onde veio o futuro
senador José de Freitas, mais tarde Presidente da Província, e hoje home de
cidade naquele território. Do Rio Grande do Norte, também veio ser aluno do
Padre Mestre o primeiro cardeal da América Latina, Dom Joaquim Arcoverde. E o
próprio Padim Ciço do Juazeiro aqui deixou a marca dos seus primeiros milagres.
(No seu livro O Patriarca do Juazeiro, o Padre Azarias Sobreira registra – sem
dizer onde encontro prova disso – que o jovem Cícero Romão Batista aqui
emplacou as suas primeiras façanhas tauma-túrgicas, fazendo repousar o chapéu
nas paredes sem cabides do famoso edu-candário).
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